29/12/2009

Adeus ano velho!

Pra vida valer a pena precisa pouco
Da vida que se tem grande é a recompensa dos que esperam muito
Do muito, muito simples ficou.

E a simplicidade busquei desde o começo
Do ano novo
Novo era o ano, nova vida, nova temporada, novas possibilidades
Possibilidades de amizades, amigos quase parentes
Parentes quase amigos

A praia era uma constante... trouxe lucro, paz, diversão...
Sujeito a tudo que a vida na beira do mar trás

Euforia simples, entusiasmo simples, vida simples...
Como essa palavra não saia de nossos lábios.
Com simplicidade conduzi minha vida em dois mil e nove...

Profissionalmente ascendi e ganhei auto-confiança
Me certificava a cada dia do bem do meu trabalho

No meio materializei a ideia de construir, de juntar tudo numa coisa só
De demarcar o meu território, de usufruir do suor do meu trabalho
De chamar um lugar de MEU.

Mas um vento forte bateu e conseguiu adiar essa nova etapa.
Como é isso? O que é isso? Como lido com isso?
Nunca me ensinaram a ser forte
Nunca me ensinaram a esconder o choro
Ninguém me ensinou dormir e não ter pesadelos
Não me explicaram como lidar com a insegurança...

Sou um tapado? Sou um ser sem experiência? Sou uma criança?Sim e não!Não, porque nada é novo....
Sim, porque coube-me pouco da vida ainda... tudo é muito novo, muito sem precedentes

Nos meus vinte e poucos anos a vida só me presenteou com leveza...
Com a certeza (cega) de que a aflição só acomete o outro
Maldito momento da descoberta de que pra cair basta em pé estar.

E quando queria levantar alicerces fiquei sem chão
Sem ar
Sem esperança
Sem amigos
Sem amor
Sem amor próprio

No peito não cabia mais dor
A mente não cooperava para o bem
Me tornei rude, agressivo, sarcástico, incrédulo.
Ao passo que precisava externa minha ira
Só conseguia externar minhas lágrimas.

Chorar foi ficando cada vez mais comum...
Meio acorde me derrubava em prantos... me descobri fraco.
E reconhecer a minha fraqueza só piorava, só me afundava.
Na areia movediça da decepção eu não conseguia ouvir os gritos de “pára, não se mexa”

Fui descobrindo que não podia ser ajudado,
Tive que ir me reconhecendo como único culpado... mas não adiantou.

Saquei que o tempo queria me ajudar...mas durante muito tempo eu não quis sua ajuda

E ele fez...
e ele foi...
e ele passou.

Conduzi meus dias arrastando as metamorfoses diárias
Ás vezes colocando tijolos, mas na maioria das vezes chutando eles pra bem longe.

Inconseqüente, inconstante, imaturo, insensato, incorrigível...
E incontrolável o meu desejo de fazer certo, de reparar os erros de fazer melhor.

... mas pooooooooooooooooooorra não dava, a dor era maior, o medo era mais forte!

E fui ferindo os que estavam ao meu redor...
Mas descobri pessoas fundamentais e que a elas devo meu recomeço
Velhos amigos e novos amigos com maneiras diferentes de serem amigos.
Descobri como é bom desabafar, como é bom chorar quando dói, como é benéfica a dor para o crescimento.
Descobri o quanto a minha incredulidade só me afastava de Deus e não Ele de mim.
Descobri que todo mundo é igual quando dói, mas somos diferentes na maneira de lidar com a dor.

E o tempo foi passando... e as fichas foram caindo.
Fui me declarando insano na persistência da dor
O sol foi brilhando, a chuva foi diminuindo...
E descobrimos (eu e ela) que não precisava ser como antes... pois o diferente é bom!

Assumir falhas, perdão mútuo, recomeço para o diferente!

Não sou mais quem era no começo do ano, mas ainda não sei direito quem sou.
E não tenho pressa... pois sei o que quero...

Quero o mar, quero amar, quero ser mais pai, mais presente, mais filho, mais marido, mais amigo,
quero exigir todo dia o amor que me é de direito,
e dar o amor que me é prazeiroso dever.
Encontrar a vida simples nas coisas simples da vida novamente.
Molhar a cabeça na chuva
Andar descalço
Bronzear a pele
Subir nas árvores
Abrir os olhos embaixo d´agua
Acariciar a cabeça de uma galinha
Sorrir
Beijar na boca deitado
Brincar com meus filhos no chão
Escrever sem me preocupar com acentuações
E continuar acreditando no amor...

Feliz 2010

15/12/2009

Contagem de tempo


02:02
na mira do meus beijos
no limiar dos meus dedos
na luz da minha retina
no cerne do meu pensamento
na base dos meus planos
no clímax do meu sono
na causa da minha insônia
na aspas do meu poema

02:19
me faço poeta pra te alcançar
se me quer com os pés no ar
subo correndo
sonho com você mais esse sonho
sonhar não custa nada
sonhar e nada mais
com os olhos bem abertos
pra te segurar com os pés no chão

02:14
tenho você assim
motivo e desejo
desenho na areia
o que tenho gravado no coração
pra libertar
pra extravasar
pra extrair o melhor de mim
agora
daqui pra frente
somos diferentes do anjos
e isso não muda
se muda
mudo junto
mas não fico mudo
no seu silêncio ouça a procura
pra ser feliz
ao meu lado
sempre te quero
simples e bela
nua pra mim
no sonho te vejo
com braços abertos
a me receber

02:25
te espero
te quero
sentado respiro
te aspiro
no suspiro
de quem espera
mais um beijo

14/12/2009

Pedras no caminho


Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


Fernando Pessoa





11/12/2009

Minha porta aberta




Já tive percepções modificadas sobre muita coisa na minha vida. E por isso sou uma metamorfose ambulante assumido. Atualmente não sei bem quem sou... tô em transição, em confronto com novas percepções e nuances de sentimentos... mas, não é a meu respeito esse post...é sobre ela!




Uma tiranossauro rex de força distribuidos em aproximadamente 1,60m de altura;
Uma habitação de extremo conforto nos dias de chuva;
A elegância condizente á mulheres de cabelo curto;
de movimentos suaves e lentos como o Garfield,
mas com a destreza e velocidade do Papa Léguas quando precisa.
Princesa, Pequena, Rainha, Mãe, Parceira, Amiga... Cativante.


Avante! Avante com ela eu sigo, cego, errante!
Berrante! Berro o seu nome que antigo siginifica, fica.
Fico! Fico com ela que tem meu ar, meu dom, meus pensamentos, minha porta aberta.


A porta da frente, a porta dos fundos... dedico todos meus fundos, meus meios, minhas pontas.
A ponta! Aponta pra um futuro de paz, de gozo, de risadas risonhas de risos insoletráveis...
inexplicáveis,
imponderáveis,
imensuráveis e,
com ela, amáveis.


No amor que preparo prela,
há conhas, há versos, há praias, há sussurros, há louvores á Jeová,
há incensos, há o que houver de haver pra haver só o que de melhor há.
Pois já é... e não se espera o que já é... pois sendo, não tem mais pra ser.

TE AMO PRISCILA!




05/12/2009

Versos derradeiros de Cristo




Onde está? Cadê?

pra aonde fora?
pra onde foi?

Onde se esconde a alegria nesses dias escuros?
que canto se enfia a paz, a esperança, a segurança?


Fala Deus!

tem mais do meu pra mim?
cabe mais disso em mim?
já é o limite, né?

afinal, não é dado nada além do suportável, né?


Putz!
parece-me melhor ter menos do limite agora


não poetiza-se dor...
ou será que só há verso nela?

Bah!
Vou comprar os poetas e manipulá-los

com papel em branco e lápis.





"Tornar o amor real é expulsá-lo de você prá que ele possa ser de alguém!"

Nando Reis

03/12/2009

Asas de urubus


é lá que chego, é lá que quero chegar
chegar pra não sair mais, pra ser mais
pra mim, pra ti, pra eles
contínuo, regular, linear
mas, puta merda!
inconstante no meu tempo de dia
sem preferir a noite ou o dia
passando, empurrando, almejando
o sonho daquele lugar
que me trás conforto, gozo, paz...
mas as asas que os urubus me deram
nunca deram, nunca tive, nunca quis
tenho medo de me ouvir cantar
tenho medo de me ver chorar
quero colo
quero dar colo.
Limaxxx

02/12/2009

Bombeia!


Por mais que em ti, meu coração,
só haja bombear pra veias,
tenho em ti, meu coração,
espectativas de juiz em meus caminhos,
de norteador de minhas emoções,
e só penso em te colocar em mãos carinhosas e fiéis


Então pulsa, meu coração,
que aqui fora tem frio, tem calor,
tem gente torcendo pela gente.





Então faça o que lhe apraz, meu coração,
e me tome, e me bombeie.

Limaxxx

01/12/2009

Decisão



quem saberá... o bem e o mal...
o seu olhar constroi
suas palavras são poder
para o bem e para o mal

eis mais uma oportunidade de decidir...