17/11/2010

VOTE NULO - Parte Um



Durante o periodo que fiz parte do movimento Anarco-Punk (e coloco aqui com letra maiúscula pois aprendi coisas no Anarquismo que me acompanham até hoje) carregava a bandeira do VOTE NULO. Mas nunca foi uma coisa que me enraizou. Nunca me convenci que essa seria a melhor maneira de modificar as coisas. Acreditava (e acredito) em outras coisas que o movimento defendia, mas o voto nulo não fazia parte das minhas atitudes.


Os anos se passaram e eu sempre valorizei o direito do voto. Conseguia sempre no meio de tanto LIXO, enxergar alguém que valesse a pena votar. Afinal, as pessoas que lutaram pelas Diretas Já, merecem mais minha consideração do que a maioria dos candidatos a qualquer cargo politico.


Esse ano não estava sendo diferente. Logo de cara simpatizei com os candidatos do Partido Verde, principalmente a candidata a presidência. Li a opinião dela a respeito de questões polêmicas que foram levantadas nessas eleições, e percebi, um bom senso de alguém que pensa no coletivo.


No dia das eleições fui a minha nova zona eleitoral em Paraty-RJ junto com minha esposa e meus dois filhos. Tive ainda a satisfação de pedir pra minha esposa me fotografa junto com meu filho na fila com o Titulo de Eleitor em mãos.


A minha maior surpresa depois das apurações não foi o fato dos dois candidatos das elite-partidárias-imperantes-manipuladoras do momento irem pro segundo turno. E, sim, um candidato palhaço ter a maior votação pra Câmara dos Deputados. E mais, esse mesmo candidato não conseguiu comprovar escolaridade com documentação regulamentar e preencheu "de próprio punho" uma declaração que até agora não se sabe se realmente foi ele que preencheu.


Uma mistura de ira e vergonha me envolveram desde que fiquei sabendo disso. E a declaração de muitos ao meu redor me fez ficar a mercê de um sentimento de estúpida indignação. Pois, assim como a platéia de um espetáculo de palhaços, davam risadas ao comentar essa situação.



E não vou me estender numa só postagem acerca do que penso a respeito. Por isso intitulo essa postagem como Parte Um, pois tem mais. E espero nas próximas postagem te convencer e me convencer mais, de que, quando votamos declaramos a nossa "burrice" e "complacência".


Apóstolo, Anárquico e, pasme! Cristão


04/11/2010

A dádiva da dúvida - Parte 1

Até quando, ó Senhor?
Esquecer-te-ás de mim para sempre?

Até quando esconderás de mim o teu rosto

Até quando consultarei com a minha alma,
tendo tristeza no meu coração a cada dia?

Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?
(Salmos 13)

Por incrivel que pareça quem escreveu esses versos acima foi Davi (o rei).
E fez deles música.
Questionou a memória, o olhar e a demora do Altissimo.

A pessoa que teve experiências inquestionavelmente divinas. Que viu, sentiu e ouviu das vitórias dadas pelo Todo Poderoso. Esse que foi chamado segundo o coração de Deus... teve a pachorra de duvidar e de questionar.

E sabe por que?
Porque ele é humano como eu e você. Sujeito a nuances de humor, sensatez e fé.

O mesmo homem que em Salmos 11 diz que "o Senhor é justo e ama a justiça; o seu rosto está voltado para os retos", no Salmos 13 só vê o rosto do Senhor escondido.

E assim são os dias debaixo do sol. Simples e igualmente previsíveis.
Cabe a nós reconhecermos suas variações e nos permitirmos a cada dia conforme o seu mal. (Mateus 6.34)

E, como Davi (o rei), dizermos: Mas confio no teu constante amor; na tua salvação meu coração se alegra. Cantarei ao Senhor, pois me tem feito muito bem.

Pense nisso... eu farei o mesmo.